segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Falando sozinho

Não é comum, nem muito normal falar sozinha no quarto, ou pela rua, ou em qualquer lugar - quando alguém não veja claro - mas o fato de você não ser suficiente pra se ouvir é angustiante. Queria eu ter motivos pra falar de muitas coisas com algums pessoas, mas não, deixa como está. 
Tempo, sem tempo. As pessoas andam sem tempo pra ouvir, pra se ouvir, todo mundo escuta e não repara. Não que as suas dores tenham de ser o centro da ajuda humanitária do planeta, no entanto, carregar tudo sem falar nada é um peso grande, tô dizendo coisas sem nexo, eu sei. Já entendi que as oscilações são coisas normais, e eu até que tenho lidado razoavelmente com elas, o problema é sentir que a velha tristeza ainda não foi de vez, pois a esta se acrescentaram outras, e o peso diário às vezes desespera.
Quantas coisas foram feitas... muitas sem retorno. Precisei não pensar muito nisso pra não enlouquecer. Um ciclo de coisas, que até hoje tô tentando entender o que querem dizer pra mim. Uma coisa é certa, ou faça-se o muro ou libere-se as fortalezas, acho ambos perigosos, é preciso escolher, escolher o que causa menos dor. Benditas dores!! Manhã, noite, dia... anos... tempo demais. Briguei tanto com o tempo, ainda bem que temos nos entendido, infelizmente, ele não pode fazer traumas sumirem do nada.
Nada... fiz muitas coisas sim, lutei, e por causa da dor hoje nem me reconheço, passo dias bons, outros pouco suportáveis, e estou aqui, esperando o momento de dizer: liberdade! A velha ideia que um dia deu certo está voltando com toda a força... vou pensar bem... acho que vou deixar ela entrar...



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