segunda-feira, 25 de abril de 2011

Ser... de si mesmo

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Fazer, ser parte de alguma coisa. Por quê? Pra quê isso? O que leva a gente muitas vezes a ter esse tipo de pensamento? Que perda de tempo querer agradar todos. Quanta fadiga se fazer entender. Cada um tem seus pensamentos sobre fazer ou não parte de um grupo, ou qualquer coisa que o valha. Claro, ninguém vai usar isso como desculpa pra se distanciar de todos, não isso pelo menos. Aliás, não precisa de desculpa, se não quer ser e tá certo disso, não seja. A grande ansiedade é viver em cima do muro com tudo, o dia todo, todos os dias, sem descanso, isso é inadmissível.
Eu, eu gosto do meu jeito silencioso de ser, mas também sei que isso não é bom o tempo todo, não porque os outros falam, e sim por sentir essa necessidade de "socialização limitada", limitada a um cinema sozinha, sair pra ir ao parque, ir à casa de alguém querido.
Os outros, os outros, os outros! Os outros e a minha vida... Os outros e a vida deles. Minha vida. Assim, cada um separado, no seu lugar, pense... qual a graça de viver num corpo que é constantemente abatido por falta de proteção? Que proteção? A nossa... a devida. 
Ser de todos, de ninguém... que mundo estranho. Cruzes! Se a questão é esta, ser ou não ser, oras... então seja de si mesmo

domingo, 24 de abril de 2011

Escolhas: atitudes/pensamentos sob sua responsabilidade

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Breve relato: acordei, um tanto cedo, não vi meus pais pois foram à feira, e voltei a deitar, eles chegaram por volta das 9:30, eu ainda estava na cama, e o dia como amanheceu friozinho (e perdurou assim o resto do dia) me deu mais vontade de ficar por lá. Minha mãe começou a espalhar as "boas palavras", aquele discurso "não sei mais o que faço pra essa menina" me incomodou de pronto, mas continuei na cama, peguei no sono novamente, levantei por volta das 10:40, fui lavar o rosto e tal, aí meu pai vira e fala "amanhã acaba a moleza, né, tem que trabalhar", não foi agradável ouvir isso.
No entanto, eu estava disposta a escolher outro caminho, outros pensamentos e energias. Eu não estava triste, só com um pouco a mais de sono, era tão simples. Procurei não me culpar por aquilo, nem deixar que me fizesse mal. E não é que meu dia foi muito melhor! Perdoem-me  o egoísmo, mas se eles pensaram qualquer coisa de errado, creio eu ser problema deles, até porque todos os dias levanto cedo pra trabalhar. Pensei comigo "também tenho direito de dormir até mais tarde, hoje é fim de semana!"
Ontem, no finzinho da noite estava assistindo ao documentário da Louise Hay, Você pode curar sua vida, acredito ter sido isto o gatilho da mudança do meu pensamento deste domingo. O clima em minha casa pode não estar o dos melhores, ainda, mas eu tomei uma decisão simples, bem simples, só por hoje: me proporcionar o estar bem.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O início e fim... de algumas coisas...

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Preço. Pagamos por tudo: ao lutar, e suas consequências, à inércia da vida pela acomodoção, viver e morrer, tudo tem. Então, por quê não escolhemos pagar o preço por aquilo que realmente vale a pena? Não generalizando, claro, pagar o preço por algo já estabelecido é menos custoso, mesmo já o sendo, é a boa contradição das situações da vida.
Pensando aqui, tava pesando os prós e contras do prosseguir ou estagnar: os dois requerem sacrifícios, um à vista, outro à prestação; aquele promete rendimentos a longo prazo, este uma fiança amarga com juros de culpa. Grande problema de imediatistas e desesperançados.
Imagine chegar próximo aos 30 anos, com pessoas da sua família falando "era pra você estar com a vida feita agora", hum... poxa, como os pais esperam que sejamos melhores do que eles foram, deve ser uma baita frustração ver que não somos o que gostariam que fôssemos. Não dá pra viver nesse clima de cobrança o resto da vida. 
Se o passado não foi tão bom, o futuro vai ser também? Eu poderia dizer que sim, agora, neste momento, mas não posso. O início e o fim das coisas está no presente, seja ele uma hora, um minuto, um momento. Pensamentos não mudam tão rápido como gostaríamos que mudassem, sorte nossa quando isto acontece, enquanto não, pequenas mudanças podem ser um bom depósito pra grandes transformações futuras.
Gostaria muito de acabar com as minhas oscilações de humor constantes, e seguir em frente sem medo e sem interrupções nos planos, mas faz parte da vida, se tudo fosse tão fácil não teria tanta graça, é a sedução da existência.
Hoje sonhei que estava em uma casinha, com minhas plantinhas e gato, meu piano, despida daquela pessoa que não sabia se queria ou não ser ela mesma. Que orgulho senti naquele sonho. Não é a melhor das visões pra alguns. E o que seria, já que o sonho era meu? Pouco importa. Será que realmente importa pouco? Algumas coisas precisam findar hoje, pra um novo começo de um fim remediável de velhas dores... empalhar as criaturas da noite, abrir a janela, deixar o sol entrar pra tirar o mofo dos anos... antes ter medo do novo e inesperado que se conformar com um passado velho e amargurado. Na linha do tempo, meu lugar não é parada aqui... vamos... é preciso mais um passo...só por hoje...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Pablo Neruda - Morre Lentamente

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Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, 
quem não ouve música, 
quem não encontra graça em si mesmo. 

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, 
quem não se deixa ajudar, 
morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, 
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, 
não se arrisca a vestir uma nova cor 
ou não conversa com quem não conhece. 

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru. 

Morre lentamente quem evita uma paixão, 
quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoínho de emoções, 
justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. 

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, 
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, 
quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos. 

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante... 
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, 
não pergunta sobre um assunto que desconhece 
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe. 
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. 
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade"


segunda-feira, 18 de abril de 2011

A melhor coisa do dia xD - Os Minions!!!

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 kkkkkkkkkkk ameeei adoro desenhos \o/

Um dia daqueles

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É bom ter coisas boas pra ler quando precisamos muito delas. Hoje só estou lendo, e falando o menos possível que dos outros dias. Essa dor na cabeça anda me incomodando, acredito eu que seja de tanto pensar, pensar, e pensar. Agir é bom, não estou dizendo que isso é algo ausente, triste do agir é a ausência de resultados. Preciso dormir mais um pouco... típica segunda-feira... não levantei bem, e prefiro parar nesse breve comentário de hoje. Boa semana.

"O mundo é o tabuleiro de xadrez..."

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Combatendo a injustiça

por Paulo Coelho 
 

Diz T.H. Huxley:
“As conseqüências de nossas ações são espantalhos para os covardes, e raios de luz para os sábios. O mundo é o tabuleiro de xadrez. As peças são os gestos de nossa vida diária; as regras são as chamadas leis da natureza”.
Apesar de estar concentrado naquilo que faz o guerreiro da luz não olha a injustiça com indiferença. Sabe que tudo é uma coisa só, cada ação individual afeta todos os homens do planeta, e se vê alguma pessoa sendo vítima de ataques covardes, ele usa sua espada para colocar as coisas em ordem.
Mas, embora lute contra a opressão, em momento algum procura julgar o opressor. Cada um responderá por seus atos diante de Deus, e – por isso – uma vez cumprida a sua tarefa, o guerreiro não emite qualquer comentário. Um guerreiro da luz está no mundo para ajudar seus irmãos, e não para condenar o seu próximo.

Fonte G1

A escrita: você e o mundo

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Fazendo anotações

por Paulo Coelho 
 

Escrevo sempre, e acho muito importante escrever. Se pudesse dar um conselho, diria a todo mundo: escreva. Seja uma carta, ou um diário, ou algumas anotações enquanto fala ao telefone – mas escreva.
Escrever nos aproxima de Deus e do próximo.
Se você quiser entender melhor seu papel no mundo, escreva.
Procure colocar sua alma por escrito, mesmo que ninguém leia – ou, o que é pior, mesmo que alguém termine lendo o que você não queria. O simples fato de escrever nos ajuda a organizar o pensamento e ver com clareza o que nos cerca. Um papel e uma caneta operam milagres – curam dores, consolidam sonhos, levam e trazem a esperança perdida.
A palavra tem poder. A palavra escrita tem mais poder ainda.

Fonte G1
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Se te calas é hora de começar a escrever. ^^

Reflexões sobre ser você mesmo

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Epictetus

por Paulo Coelho
 

Epictetus (A.D. 55 – A.D. 135) nasceu escravo, e se tornou um dos grandes filósofos de Roma. Foi expulso da cidade no ano 94, e criou – no exílio – uma maneira de ensinar a seus discípulos. Comentava a respeito dos encontros com outras pessoas:
“Duas coisas podem acontecer quando nos encontramos com alguém: ou nos tornamos amigos, ou tentamos convencer esta pessoa a aceitar nossas convicções. O mesmo acontece quando a brasa encontra um outro pedaço de carvão: ou compartilha seu fogo com ele, ou é sufocada por seu tamanho, e termina se extinguindo”.
“Como, geralmente, somos inseguros num primeiro contacto, tentamos a indiferença, a arrogância, ou a excessiva humildade. O resultado é que deixamos de ser quem somos, e as coisas passam a se dirigir para um estranho mundo que não nos pertence”.
“Para evitar que isto aconteça, permita que seus bons sentimentos sejam logo notados. A arrogância geralmente é uma máscara banal da covardia, e termina impedindo que coisas importantes floresçam na sua vida”.

Fonte G1

domingo, 17 de abril de 2011

Conto com

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Sabe aquela sensação, bem triste, de que nem seus pais podem te compreender? Pois é. Uma das coisas que me deixa bem chateada em casa é o "já que nasceu, pague". Quem dera tivesse começado a trabalhar na idade certa, já estaria bem, bem longe daqui, no entanto, como a minha realidade foi totalmente diferente da minha "idealidade" - em muitas áreas da vida diga-se de passagem - só resta aprender a lidar com a situação. Claro, cultivar o social é uma tremenda obviedade pra alguém normal. E o que é ser normal? Ah, nem vou entrar em detalhes. Só sei que sou diferente, e nem é ruim.
Diferenciação. Quanta coisa. Pra alguns você faz a diferença, pra outros é INdiferente; poucos sabem te diferenciar, e a gente mesmo acaba se colocando nisso tudo. Alguns não se contentam quando você é "igual", e também não se contentam com a sua diferença,  são extremos que nós, pessoas julgadas, temos de entender pra viver da melhor maneira possível, pra nós. Viver, o que é isso? É o que me acontece todo dia? É aquilo que eu pretendo? É o que faço naquilo que pretendo? Ah, muitas perguntas, nem responderei.
Meus pais são pessoas "faça o que eu digo mas não faça o que eu faço", é complicado alguém te aplicar sermão da bondade com um enorme tridente do lado. Deve ser papel deles, não sei. Amedronta o tipo de casamento que levam. A relação "quem ganha mais e quem TEM de fazer" é algo que não suporto. Todo dia a mesma coisa "ó, o dinheiro tá aí" ou seja, foda-se o resto, trouxe dinheiro, quero tudo do meu jeito. Não consigo lidar com algumas pressões, como TER de ajudar na compra, TER de ajudar nas contas, TER de ajudar na cozinha, TER de ser filha perfeita, TER de ser magra, TER de ganhar mais pra pagar INSS, TER de ganhar mais pra sustentar minha mãe, TER de ser do jeito que querem, precisar emprestar e TER de pagar o quanto antes senão acham que não receberão. Meu Deus, onde fica minha paz nisso? Que vida em família, não?! Uma sociedade por um fio. Engraçado e sinistro, ótimo tema pra seriados de TV que ironizam coisas tristes da vida das pessoas.
Há quase um ano, meus pais foram assaltados. Bendito dinheiro da venda da casa da minha vó (mãe da minha mãe), ou melhor, bendito pra alguns. Meu pai comprou um carro simples, que minha mãe acreditava piamente seria usado pra coisas importantes, como ir à feira, à igreja, fazer compras, será que só eu via o óbvio nisso tudo? Claro, meu pai, pega o carro, some, não busca minha mãe na igreja, reclama pra levá-la à feira, resmunga de ter de ir ao supermercado... é minha mãe não dirige, não tem pretensão alguma, e alguém neste momento deve estar perguntando, e você? Oras, não vou ser motorista de ninguém, já basta me tirarem a paz não dirigindo, imagina com mais esse "trunfo" nas mãos, nem quero tocar nesse carro da discórdia! Quando tiver o meu farei algo a respeito.
Agora ela está aqui reclamando porque ele não a buscou, e nem o celular está ligado, que coisa mais estafante uma rotina dessas. Não faço questão de andar naquele carro, amém. E ainda dizem que estão aqui pro que der e vier... uhum, sei. Por falar em sei, não sei confortar pessoas. Sou acusada quase todo dia de não ser uma amiga, oras mil perdões, mas até eu um dia queixei, e hoje sou esse sarcófago, cheio de situações bem conservadas pra horas oportunas, um caso em tratamento. Sarcasmo é bom nessas horas.
Minha existência em crise, a dos meus pais, tudo isso me dá uma canseira no fim do dia. Me cobro demais, é como se eu pudesse dar um jeito naquilo, ou indo embora, ou ganhando mais. Dinheiro não resolveria. Fico pensando aqui, minha mãe gosta da ideia de eu sair de casa "casada"... hum, eu adoooro a ideia de sair de casa pra morar "sozinha". Deve ter cisma do possível tipo de realidade que porventura eu viria a ter.
Não suporto acordar nos fins de semana e feriados, não só com o barulhos dos poodles dos vizinhos, mas também com as pequenas indiretas sonoras do meu pai: solta a cachorra na garagem, ela late, late, por volta das 8 da manhã, ele mexe nas coisas, abre e fecha a porta do carro, quando me vê levantar, é uma felicidade, ele para e vai pra rua. Penso eu, muito satisfeito pela proeza do dia.
Esse incômodo me estressa. Eu, O incômodo. Tá, tem mó cara de drama, mas é isso que sinto mesmo. Incomodo por não trazer uma boa quantia de dinheiro pra casa, incomodo por não ser trofeuzinho pras pessoas ( minha filha é isso, minha filha faz aquilo!), incomodo por não dar lugar no meu quarto no dia em que eles brigam, e eu fico tremendamente incomodada quando me jogam na cara as minhas fraquezas, as minhas deficiências sociais, parece que só sou feita disso, não tenho nenhuma qualidade, mas recebo muitos tapinhas nas costas quando dou dinheiro pra comprar coisas supérfluas. Bom, muito bom...
Eu me cobro demais com o que cobram de mim pelo que eles não conseguem fazer daquilo que cobram deles mesmos. É, é essa bagunça aí. Quem passa compreende. Todo mundo tem um pouco disso, vive um pouco disso. Contar com quem nessas horas? Contar com... igo.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Comportamentos e oscilações - um pouco de reflexão

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O sufi Hafik e a busca espiritual   Paulo Coelho - 12/04/2011


Em um dos seus raros escritos, o sábio sufi Hafik comenta a busca espiritual.

“Aceite com sabedoria o fato de que o Caminho está cheio de contradições. Há momento de alegria e desespero, confiança e falta de fé. Assim como o coração cresce e se encolhe para continuar batendo, o Caminho muitas vezes nega-se a si mesmo, para estimular o viajante a descobrir o que existe além da próxima curva”.

“Se dois companheiros de jornada estão seguindo o mesmo método, isto significa que um deles está na pista falsa. Porque não há fórmulas para se atingir a verdade do Caminho, e cada um precisa correr os riscos de seus próprios passos”.

“Só os ignorantes procuram imitar o comportamento dos outros. Os homens inteligentes não perdem seu tempo com isto, e desenvolvem suas habilidades pessoais; sabem que não existem duas folhas iguais numa floresta de cem mil árvores. Não existem duas viagens iguais no mesmo Caminho”.

Fonte: G1 
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Sem mais, foi ótimo ter lido isto num dia em que levantei tão bem... tão melhor quanto ontem. "Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas..."

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Estar bem

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"Nossa, você nunca tá bem?" Pergunto em mim, quem está bem o tempo todo? Sou obrigada a aparentar o que não estou sentindo? Que raio de exister é este! Passei a enxergar a melancolia mais amigavelmente. Não vejo pecado em ser diferente, só não quero ser indiferente naquilo que sinto.
Não sou igual, não sou o que gostaria de ser, não sou o que gostariam que fosse. Será difícil entender?  Sou aquilo que me tornei com os anos... se há possibilidade de mudar ou não, ainda procuro respostas... tudo muito confuso.

Cansaço

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Estranheza, incômodo, irritabilidade, hiper e hipoatividade um monte de extremos e uma pessoa só. Tentar ser o que os outros gostariam, tentar ser o que queriam, tentar, tentar, não ser. Que vida cansativa. Quisera eu não pensar nesse tipo de coisa todo meio de dia, aquela sensação de que tudo poderia ser melhor, não sei como mas deveria. Por uns anos sinto esta angústia de não me sentir à vontade neste lugar, é como não ser daqui, não pertencer nem ser este o ambiente certo pra  eu viver. Nem to falando disso por fatores externos, é questão de insatisfação interior, que reflete no exterior.
Olho pra mim, e não me reconheço. Várias vezes isso me ocorre. Como consegui fazer tal coisa? Emagrecer, passar numa Pública, ser funcionária pública, quem é essa pessoa que faz parte de mim? Não pareço nada com ela! Como posso entregar tão facil os pontos? Que assustador não enxergar o óbvio, não conseguir voltar ao caminho. Ser e não ser você ao mesmo tempo. Que loucura!
Recaídas são constantes e imprevisíveis, mas que vida é esta, essa insatisfação que poucas coisas mudam? Essa bagunça mental, essa dor de cabeça, esse desejo de apagar o passado, reprogramar a vida e ser tudo novo. Não aguento mais abrir a boca, no mais, alguns gestos ainda são mecânicos, automáticos. O costume. Que coisa ruim esta de não fazer bem pra ninguém, de não poder ser o que é porque magoa aos que gostam de você, que coisa mais contraditória, se eu faço os outros felizes, me fecho na insatisfação, se faço o que quero e curto aquilo que sou (ou estou, não sei) me sinto bem, mas contemplo vários olhares de reprovação. "Você poderia estar melhor."
Só queria realmente ter tempo pra mim, me livrar desse peso, ser mais eu, ou aproveitar mais o momento, seja ele ruim ou bom. Fazer de conta que tudo está bem é terrível, não sei o que dizer, sei que é preciso chegar perto do equilíbrio mas isso é tão cansativo. 
Ai que dor de cabeça. Que canseira.

sábado, 9 de abril de 2011

Incômodo

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Não me sinto daqui. Estou em dias de desordem interna. Precisei de silêncio mas nem este me ajudou. Agora estou com tanta dor de cabeça que a impressão que tenho é de duas forças estarem brigando pela minha total atenção. Fico perdida, como se minhas mãos não conseguissem realizar o que um dia eu realizei. Não estou bem. Não consigo escrever mais nada.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Ainda falando sobre ontem...

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De certa forma, respondendo ao que Helena comentou, disse que o que escrevi tinha algo de particular, ou seja, minha vida. Não há muita conexão com o acontecido, só algumas coisas que me fizeram pensar. A desestrutura emocional, percebida pela carta do atirador, é algo que algumas pessoas experimentam, e isso é o mais triste de tudo.
Sinceramente, pensei muito ao colocar uma opinião dessas no meu blog, mas ando muito angustiada por não poder falar nada daquilo que penso, que guardo, que escondo e que consequentemente me faz e traz um mal  danado.
Sou um universo desconhecido e cheio de conflitos, como qualquer outro.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Tragédia... mais uma...

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O que vou dizer aqui faz parte de algo da minha vida, não me considero a melhor pessoa pra falar sobre essas coisas, mas quero desabafar umas situações que lembrei hoje com o caso que todos acompanharam por todo este dia.
Lembrei das situações da escola, do meu cotovelo exposto, dos meus pais me tirando do pré, e do meu medo de voltar pra um lugar tão hostil quanto aquele, cheio de gente estranha e medonha. Por diversas vezes desejei a morte de todos. Há um bom tempo, mas muito tempo mesmo, sempre via numa pessoa que tinha coragem pra tal ato um gesto de coragem, e me imaginava diversas vezes fazer o mesmo.
Não, não levaria pessoas inocentes comigo, mas arrastaria pro abismo aqueles que fizeram de períodos da minha vida um inferno, uma angústia de lugares inferiores. O que será que levou ele a isso? Não sei, mas sinto uma compreensão que não sei descrever, e não digo que foi certo, só consigo entender um pouco da angústia que o fez cometer esse fim consigo e com os outros que não tinham parte nisso.
Ele não teve estrutura emocional pra aguentar tamanha situação, me sinto privilegiada por ter tido a oportunidade de mudar algumas coisas na minha vida, e continuar mudando, luto todos os dias pra não cometer atrocidades comigo. Das outras pessoas, o tempo que se encarregue, a sorte ou o azar que lhes deem o fim que merecem. Só compreendo. Sabemos pouco do que aconteceu... é da tragédia nossa de cada dia que vem a  reflexão. Infelizmente virá o sensacionalismo, o mesmo veículo que incentiva é àquele capaz de dar o "melhor" dos  veredictos... fique cada um com seu pensamento, e olhe e pense nos outros, mesmo que seja difícil, como uma extensão de si.

terça-feira, 5 de abril de 2011

O elo desconhecido e desagradável - reflexões sobre comer

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Alimentação: Prazer x Compulsão
Conceição Trucom

Um fato é certo: quando estamos em paz esquecemos de comer e de sentir fome. A felicidade que vem do equilíbrio e da paz, nos coloca num estado vibracional tão mágico, que não precisamos comer. A sensação é de que a plenitude da paz nos nutre muito mais qualquer alimento "físico".
Neste estado, compare-se com uma criança que, feliz, cheia de vida e intensidade, não sente a menor vontade de comer. Não é verdade? Os pais é que ficam lá, azucrinando-a, tentando aborrecê-la, distraí-la para que sinta necessidade de comer.
Se os pais deixarem aquela criança comer só quando sentir sua verdadeira necessidade, terão a experiência de vê-la comendo com real PRAZER.

Bem, isso é uma longa conversa, e muito provavelmente, é a causa de existirem tantas pessoas onde a compulsão por comida é uma realidade, um problema.

Fácil de perceber, alimentar-se por uma demanda de compulsão é um "comer" com
insaciedade, com gula, um comer até acabar o pote, o pacote, a panela. Segundo o Aurélio, comer significa colocar qualquer coisa goela abaixo. Diferente de alimentar-se que significa nutrir-se.

Ah! Muita culpa, muita indigestão (inclusive dos pensamentos), muito mal-estar. O corpo todo fica arrebentado, ultrajado. Um exagero, um absurdo, um tsunami passou pela sua despensa ou geladeira.

É, a compulsão alimentar é um distúrbio de comportamento em que a pessoa "come" em excesso, de forma descontrolada, muitas vezes sem perceber e SENTIR O SABOR do alimento. Muita ansiedade, ausência de PRESENÇA e de PRAZER.

A mente se torna obcecada por comida. O emocional acredita que vai tapar "buracos" com comida. São desejos: por açúcar, sorvete, chocolate, pipoca, biscoito, fritura, enfim... termina um desejo, começa outro.

Sintomático deste comportamento é alternar períodos, quando o compulsivo perde o controle diante da alimentação, com períodos de dieta sofriiiiiiiiida. Vai uma tortura aí?
O comedor compulsivo é semelhante ao alcoólatra. Comemora comendo quando está alegre, e se entope de comida quando está triste, para esquecer.


Assim, ao contrário do que se pensa, a cura não virá com dietas ou controle alimentar. Neste caso, as dietas para emagrecer são entendidas pelo corpo como escassez de alimentos. Então, o organismo começa a armazenar tudo o que é ingerido. Ao mesmo tempo, envia sinais de que precisa de mais comida. Ou seja, engordar é natural.
O primeiro passo para resolver tal problema, ou seja, romper com esta dinâmica que é orgânica e emocional (mão dupla) é eliminar a culpa por comer. Aliás, culpa é toxina psico-emocional, como também um gerador de toxina orgânica.

O segundo passo é no momento da compulsão fazer uso de sucos, lanches ou sopas desintoxicantes, que nutrem, causam rápida saciedade, mas ativam os canais de excreção.

Excretar o que? Tudo o que precisa ser excretado. Idéias, conceitos, lixos orgânicos, emocionais, mentais, etc. É algo como quando vem a enxurrada e você escancara o ralo. Deixa sair todo o mal que vier. Então, vem a ansiedade e você deixa o corpo limpo e leve - descarregado - para poder serenar.

O terceiro passo é, a partir do corpo sendo diariamente esvaziado dos seus lixos, a pessoa começar a identificar as suas verdadeiras necessidades (autoconhecimento) e colocar a ação adequada para viabilizar uma futura colheita. Lei do karma: você só poderá colher se plantar e preparar o solo.


O grande termômetro da cura é quando a pessoa começa a diferenciar a fome por PRAZER de nutrir-se, da fome para abafar seus desconfortos emocionais, como a ansiedade (falta de fé), as falsas expectativas (preguiça de semear, de
se antenar e cair na real), as frustrações (preguiça de meditar, discernir, pensar e planejar) e os medos (preguiça de aventurar-se e crescer).
Ah! Dentro das falsas expectativas, é muito importante adequar a sua imagem corporal a padrões realistas e assumir que talvez não seja possível ser tão Gisele Bundchen quanto se deseja.
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É muito triste, e constrangedor se ver refém de algo tão normal pra algumas pessoas, tão simples pra muitas, e aterrorizante pra outras das quais incluo-me: o comer. Fiquei surpresa com a precisão da sensação descrita nesse texto, "quando estamos em paz, esquecemos de comer", esta é uma sensação que experimentei por muitas vezes na minha infância, e era ótima, o dia, as brincadeiras, viver, tudo isso me importava muito mais que comer, e minha mãe sempre pegava no meu pé. Só queria saber de andar de bicicleta, ir à quadra, brincar com a melhor coleguinha da rua.
De onde começou tudo isso? O que eu fiz com a minha paz? Bagagem compulsória da responsabilidade de ser gente grande? Compreendo, mas então ser gente grande significa não ter paz? Silêncio. Duplo silêncio, tanto da falta de resposta - momentânea - como do silêncio que tenho experimentado de uns dias pra cá, e que infelizmente não conseguiu tirar de mim as preocupações do dia, a pressa das resoluções, a ansiedade das concretizações.
Viver é isso?! Tomara que não, por isso quero encontrar um caminho melhor, isto não é viver, é se acomodar por não poder sair "decentemente" de um ciclo de vida triste. Não. Não estou reclamando, nem procurando desculpa pra desistir das lutas, elas sempre existirão, mas não basta só motivação, e sim a conscientização pra se chegar a esta. As angústias do momento não podem atrapalhar as conquistas do meu dia... e de maneira alguma as revoluções do meu futuro.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Continuar ou não

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A derrota no Everest


Edmund Hillary foi o primeiro homem a subir o Everest, a montanha mais alta do mundo. Seu feito coincidiu com a coroação da Rainha Elizabeth, a quem dedicou a conquista, e de quem recebeu o título de “Sir”.
Um ano antes, Hillary já havia tentado a escalada, e fracassara por completo. Mesmo assim, os ingleses reconheceram seu esforço, e o convidaram a falar para uma numerosa plateia.
Hillary começou a descrever suas dificuldades, e, apesar dos aplausos, dizia sentir-se frustrado e incapaz. Em dado momento, porém, largou o microfone, aproximou-se da enorme gravura que ilustrava seu percurso, e gritou:
- Monte Everest, você me venceu esta primeira vez. Mas eu irei vencê-lo no próximo ano, por uma razão muito simples: você já chegou ao máximo de sua altura, enquanto eu ainda estou crescendo!

Paulo Coelho - 03/04/2011 - Fonte G1
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Pequenos detalhes que fazem toda a diferença num dia em que a gente acha tudo muito igual, e melancolicamente normal. A diferença entre continuar como está, se conformar, e a motivação de querer atingir seu próprio limite, mostrar pra si a própria capacidade. Bom dia, ótima semana!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Minha reflexão pra hoje

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Apesar dos súbitos pensamentos loucos sou uma pessoa romântica por natureza. E não há estação ou tempos que façam este meu eu cessar. Escolhi isso pra mim.