terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Friedrich Nietzsche e algumas considerações minhas

"Tudo é precioso àquele que foi, por muito tempo, privado de tudo"

Gosto muito dessa frase de Nietzsche. Hoje tive um sentimento diferente, chorei, e foi de contentamento, a última vez que senti isso foi dia 14/08/2009, quando soube que tinha passado em 3º lugar num concurso público.
Vamos à frase em partes: 
"tudo é precioso" - e como tem sido, cada dia, cada passo, cada vitória, cada reação diferente das que eu tinha, cada novidade, cada autocuidado; sombrancelhas; pele; emagrecimento; os traumas e voltas por cima;
"àquele que foi, por muito tempo" - reconheço privações vindas da minha própria bagagem vivencial, e não posso deixar de ignorar as exteriores, quando eu vejo essa locução adverbial deslocada, isolada na frase, consigo sentir a "ênfase do tempo" nas minhas transformações e acontecimentos, esse "por muito tempo" ecoa na minha cabeça e me mostra tantas situações como um trailler de um filme, o que fiz e o que faço;
"privado de tudo" - se imagine, privado de amor próprio, amigos, felicidade, liberdade, alegria, por culpa do que eu deixei os outros fazerem comigo. Imagine a grandeza dessas 3 palavras, inclusive, "de tudo", privado de ser você, de se divertir, de se libertar, de sonhar...
Agora pense... no andar deste mesmo tempo,  quebrar parte por parte do que te privava de ser mais você. Hoje em dia, cada momento é precioso, pra mim, que me privei de muita coisa. Há muito o que fazer, mas grandes caminhadas vêm de primeiros passos. Chorei com gosto. E ainda há mais o que fazer, reagir por mim tem sido motivador... reaja...

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