sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Sobre Memórias de um Suicida

O que eu posso dizer agora... nesse momento... curiosamente cujos casos de suícido são em número maior?
Da vida que temos, da vida que levamos, "o corte da vontade" não leva a outro lugar de paz, nem traz soluções. As coisas terrenas ficam, as pessoas ficam, e do lado de lá, o indivíduo sofrendo e agoniado vê a indiferença, e a continuação da vida dos de cá. 
De lá, de cá, o sofrimento, o trabalho, as questões, e as decisões continuam, o que assombra é o pavor da loucura e o bom termo de alguns. 
De tudo, no momento, fica isto...citação do livro página 302.


"Quantas vezes, nas efervescências
de um sofrimento parecido irremediável,
desespera-se a criatura, atirando-se à
aventura sinistra de um suicídio, quando,
dentro de curto espaço de tempo, encontraria
a solução para o seu problema, a
compensação, o auxílio da Providência
como o consolo de que carecia! Faltou-lhe
a paciência, porém, a necessária
calma para refletir e esperar a melhoria
da situação, e por isso um abismo de
trevas, em séculos de lutas e renovações
idênticas às fracassadas, positivou-se
para o seu destino, ensinando que o que
convém à criatura é a fortaleza e a paciência
na adversidade, mas jamais a revolta
e o desespero, que para nada aproveitam!"

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