quinta-feira, 21 de abril de 2011

O início e fim... de algumas coisas...

Preço. Pagamos por tudo: ao lutar, e suas consequências, à inércia da vida pela acomodoção, viver e morrer, tudo tem. Então, por quê não escolhemos pagar o preço por aquilo que realmente vale a pena? Não generalizando, claro, pagar o preço por algo já estabelecido é menos custoso, mesmo já o sendo, é a boa contradição das situações da vida.
Pensando aqui, tava pesando os prós e contras do prosseguir ou estagnar: os dois requerem sacrifícios, um à vista, outro à prestação; aquele promete rendimentos a longo prazo, este uma fiança amarga com juros de culpa. Grande problema de imediatistas e desesperançados.
Imagine chegar próximo aos 30 anos, com pessoas da sua família falando "era pra você estar com a vida feita agora", hum... poxa, como os pais esperam que sejamos melhores do que eles foram, deve ser uma baita frustração ver que não somos o que gostariam que fôssemos. Não dá pra viver nesse clima de cobrança o resto da vida. 
Se o passado não foi tão bom, o futuro vai ser também? Eu poderia dizer que sim, agora, neste momento, mas não posso. O início e o fim das coisas está no presente, seja ele uma hora, um minuto, um momento. Pensamentos não mudam tão rápido como gostaríamos que mudassem, sorte nossa quando isto acontece, enquanto não, pequenas mudanças podem ser um bom depósito pra grandes transformações futuras.
Gostaria muito de acabar com as minhas oscilações de humor constantes, e seguir em frente sem medo e sem interrupções nos planos, mas faz parte da vida, se tudo fosse tão fácil não teria tanta graça, é a sedução da existência.
Hoje sonhei que estava em uma casinha, com minhas plantinhas e gato, meu piano, despida daquela pessoa que não sabia se queria ou não ser ela mesma. Que orgulho senti naquele sonho. Não é a melhor das visões pra alguns. E o que seria, já que o sonho era meu? Pouco importa. Será que realmente importa pouco? Algumas coisas precisam findar hoje, pra um novo começo de um fim remediável de velhas dores... empalhar as criaturas da noite, abrir a janela, deixar o sol entrar pra tirar o mofo dos anos... antes ter medo do novo e inesperado que se conformar com um passado velho e amargurado. Na linha do tempo, meu lugar não é parada aqui... vamos... é preciso mais um passo...só por hoje...

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