domingo, 17 de outubro de 2010

Aparentemente...

...bem, em 22 dias, hoje senti uma vontade enorme de chorar. Quando não entendem - ou não querem entender- a situação que você vive, fica difícil estabelecer um diálogo amistoso em casa. Essa é a minha vida, as coisas são assim, as coisas estão assim. Ainda, mesmo não seguindo tudo à risca, tenho me sentido confortada pelo tratamento. Algumas pessoas tiveram a infelicidade de não serem agraciadas com empatia. Amor dos pais, clima do lar, que coisa estranha, como tudo mudou de uns anos pra cá, estamos todos longe, distantes. Ninguém tá satisfeito, contente, vamos empurrando. Que falta faz um abraço. Uma palavra de conforto "na próxima vai ser melhor". Convidei um antigo colega de escola, pra ir ao cinema, não queria ir sozinha, mas todos estão ocupados, é a vida. Não há tempo pra ouvir, pra tá perto, não tem tempo... tempo. Tudo veio de uma vez só agora, só, solitude, tiraram-me uma hora, mas pra quem perdeu anos, o que é uma hora, né?! Não, to buscando o lado bom, só vai levar tempo, fiquei tanto tempo do lado de cá. Não quero a facilitação das coisas, mas que de toda dor alguma coisa boa aconteça, de tempos em tempos, pra não levar a graça da vida. Medos, velhos medos. De uns dias pra cá, ninguém mais grita socorro dentro de mim, ta tudo quieto lá, cansaço. O melhor lugar do mundo agora, é meu quarto na madrugada, no escuro, nessa janela de possibilidades, digitando o que me vem à mente. Sinto falta, e preciso, é o que mais ecoa por aqui. Você faz falta, independente da hora, do lugar. Faz falta. Fica vazio. Não me magoa, por favor, adoro te ver contente, e precisas ser, só não me magoa. Hora da fuga temporal da realidade: dormir.

0 comentários:

Postar um comentário