terça-feira, 8 de março de 2011

Observando

Parei um pouco essa minha "vida loca" pra escrever algo decente. Como algo que traga mais esperanças, ou pelo menos dê motivação pra algumas ações.
Notei que de uns anos pra cá minha qualidade de sono piorou. Meus relacionamentos familiares deram pequenos avanços. Formei em volta de mim algo que pudesse me preservar, e acabei sufocada pela minha própria respiração. Tem volta? Acredito que sim, há muito o que melhorar.
Olhei pros últimos acontecimentos da minha vida, pesei-os na balança, resultado positivo. Fiquei contente, mas ainda assim, sei que há muito pra mudar no meu modo de pensar. Não quero virar refém dos remédios, muito menos dos pensamentos sombrios que vão e voltam. O extremo das coisas é o que leva ao desequilíbrio, então se eu conseguir chegar próximo ao equilíbrio do "me fazer bem" terei esperança e mais motivação pra cuidar de mim, por mim mesma e pra mim.
Os sentimentos dos últimos anos foram os mais nocivos. Quando algo depende da sua colaboração não adianta reclamar falta de ajuda, no entanto quando não depende só de você, não adianta reclamar também, só torcer pra que as forças boas que ainda restam nesse universo sejam a seu favor por alguns momentos. Nem é pedir muito, né?! ^^
Apesar de tudo, vi que nos poucos momentos que passei acompanhada de pessoas diferentes do meu convívio "normal", me senti muito feliz, não por estar junto, mas por conseguir ser quem eu sou. Sentir a liberdade das próprias escolhas, e encarar de cabeça erguida a responsabilidade delas.Sem interferências. Lembra da história da borboleta?! Então. ^^
Não adianta se revoltar com o barulho dos vizinhos, o latido insistente dos cachorros, as palavras mal ditas, os olhares de reprovação. A vida é minha. E viver é muito mais que passar um tempo parcialmente agradável discutindo sobre questões de bairro. Melhor mesmo é lidar comigo.
Muitas pessoas têm sono de pedra. Por quê, não eu? Oras, vamos treinar esse cerebrozinho. Botar o "tico e teco" pra trabalhar. Não conseguir enxergar o óbvio é medonho pra um ser dito "evoluído". Não estou dizendo que tudo se aplica a todos, mas algumas coisas a gente pode dar jeito. É preciso dispor de vontade e ação. ^^
Fiquei livre de um dos remédios que tomava. Me deram desta vez, outros 2, e num destes dobraram a dose. Não fiquei feliz, mas também não me senti derrotada. Pensando mais sobre isso cheguei a me perguntar "será que não estou criando doenças?", oras, se eu as estiver criando, então, posso matá-las também. Pensamento sinistro o meu. Basta ver que, as químicas não estão dando o efeito esperado, e isso já é um pontapé pra uma autorrevolução. E lá vou eu em busca de autoconhecimento, de novo.
Não estou fazendo apologia do "faça você mesmo" de modo algum! Tenho profissionais que me auxiliam nessa caminhada de tratamento, e justamente por isso, quanto menos eu precisar dos medicamentos, melhor. Quanto mais me conhecer e entender o que faço pra mim, mais liberdade vou ter. Enquanto isso, fico aqui, de olho no tempo, não na forma presente/passado/futuro... e sim no tempo/acontecimentos, se é o caminho que vai me levar a um bom lugar, não posso prever, mas olhar e questionar a si mesmo nunca foi algo ruim, conscientemente eu não me maltrataria, mas e inconscientemente?! É disso que tô falando. ^^

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